Prende a respiração e mergulha. Estica a ponta dos pés pra ver se toca o
chão, mas não. Quanto mais falta? Quanto mar falta? Emerge. Tudo é
verde e azul. Tudo é horizonte e não há terra à vista. Nada, bóia,
mergulha, mergulha, mergulha, mas não toca a areia, não sente o seu
deslizar entre os dedos e isso lhe desespera. Respira. Conta. Faz de
conta. Se deixa levar pela maré. Tudo que sente é o vai e vem das ondas.
Na boca, sal. Nos olhos, sol. No desequilíbrio, se sente à deriva.
Virou sereia e sonha com um porto seguro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário